O FMN-DF é composto por mulheres negras das mais variadas origens: ativistas autônomas, representantes de entidades, etc. Lutamos para afirmar nosso direito à vida plena, livres de intolerâncias étnico-raciais, de sexualidade-gênero, de credo ou classe social; em um meio ambiente preservado, com direito a lazer, trabalho digno e razoável, com saúde e qualidade de vida, podendo ter voz para nos comunicarmos e assim sempre florescermos humanamente.

Hoje, pela suposta liberdade de expressão e livre concorrência, ás vezes é dito que há de fato liberdade, mas bem sabemos que, seja na vida íntima, seja na vida política pública, ainda esbarramos nas graves sequelas da escravização expressas no racismo contemporâneo - institucional e interpessoal - incindindo diretamente em nossa condição de mulheres que ainda têm de se confrontar com as violências do patriarcado, entre outras barreiras.

Há muitas lutas aqui, "sangue, suor e lágrimas", como se diz, todavia, há também o axé profundo de uma superação e uma graça que é ancestral, atual e eterna!



"Se mulheres de todas as cores são discriminadas pelo machismo, se negr@s de todos os gêneros são discriminad@s pelo racismo, é de se considerar a junção de discriminações que carregam as mulheres negras, sem contar as tantas outras marcas que na vida carregamos [...]

A intenção é que nós negras, nos leiamos aqui como legítimas figuras de resistência que, como a terra, fazemos brotar flores do lodo. Como a terra, continuamos ocupando posições fundamentais na reprodução física, econômica e cultural de uma sociedade que nos rejeita. Ainda assim, sempre é tempo de exigir o que de nosso é o bem e o direito; mudar nosso foco, gritar por órgãos que possam captar o profundo de nosso toque, cheiro, gosto, visão, sons. E que possam nos oferecer tudo isso também. Há que se expandir a percepção. Há que se falar novas línguas ou esse mundo não será possível para nós. Ainda assim escolho primeiro festejar, “Vem celebrar comigo, que todo dia algo tentou me matar, e fracassou...”. Somos sobreviventes, somos vivas viventes! " - Natália Maria Alves Machado, Suplemento Mulheres Negras, Nosso Jornal, 2ª Edição/março de 2010.

*Coletiva de Imprensa - Pela Implementação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do DF.

*Coletiva de Imprensa - Pela Implementação do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do DF.

*Ato no 20 de Novembro. Praça Zumbi dos Palmares e nossas Dandaras...

*Ato no 20 de Novembro. Praça Zumbi dos Palmares e nossas Dandaras...